Em tempos de fogueiras e quentões eis que surge minha gélida figura, ainda com resquícios e memórias saudosas de tempos mais felizes e festeiros.
Fico assim, meio murcha por não ter mais as quadrilhas juninas na minha rua, por não haver mais aquele hábito de andar de "déu em déu" (como diz minha vó Carminha) fartando-se na casa "de-um-e-de-outro", provando cada sabor de licor até embebedar-se e sair dançando uns com os outros, homens com homens, mulheres com mulheres ou como bem quisessem... Bons tempos onde não havia malícia com a mulher alheia na hora da dança, onde podíamos deixar as portas abertas sem medo de no meio da festança um estranho levar tudo que há na tua casa, onde todo mundo queria contribuir com um "bocadinho" de fubá que pudesse, ou caso não tivesse ajudava a mexer a canjica, a assar o milho na fogueiro do vizinho que tivesse acendido antes de todos, pois ali já estariam as brasas e todos o moleques reunidos para acenderem seus traques, cobrinhas, chuvinhas e afins...
Ahhh... eu adorava ver os vulcões! Meus prefridos até os dias de hoje!
A saudade bateu forte. Principalmente porque a minha pequena só vai saber o que é isso nas minhas histórias que um dia hão de ser chatas para ela ouvir...
E pasmem: EU MORO NO INTERIOR E TENHO UMA FAZENDA! (talvez esse ano façamos uma festa junina de resgate)
Nenhum comentário:
Postar um comentário