terça-feira, 24 de maio de 2011

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Hoje baixou o espírito de cobradora em mim.
Vontade de cobrar desde as ligações até a minha cara de tacho diante do fim.
De cobrar o respeito, a individualidade, a liberdade...
De cobrar o direito de ser quem eu sou.
O direito de ser mutante, de lua mesmooo...
De ter TPM, de mandar neguinho se fuder, sabe?
Ainnn ando de saco cheio de fofoquinhas, de opiniões não solicitadas de gente que acha que sabe tudo e no fim das contas não viveu nada! Divagou em teorias a vida inteira e fez disso a vida (de bosta diga-se de passagem!).
Deu vontade de cobrar minha aliança de volta, o vestido que emprestei pra aquela vadia, o meu perfume que usaram todo, as garrafas de vodka que beberam, as fotos que ficaram na câmera ou no PC de outras pessoas...
Deu vontade de cobrar de volta o que sentia e o que eu tinha.
Deu vontade de cobrar que esses seres também me cobrem o que querem ...
Mas que porra todos querem???
Juro que minha bola de crsital deu tilt.
Deu vontade de fazer ele pagar a conta, dela me deixar em paz...
Deu vontade de cobrar que você mostre o que sente seu porraaaa.
A fatura chegou na minha porta e não tenho idéia de como pagar. Alguma sugestão???

sábado, 21 de maio de 2011

Ménage á trois???






"Estar em conflitos, como dividido entre as trevas

entre o mar iluminado pelo sol, contrario ao meu desejo."



por: Raíssa Rabello às 23h47

sexta-feira, 20 de maio de 2011

Paisagem em cores frias...




Parece ter sido tudo feito da maneira mais difícil desde o começo.
A verdade talvez seja a personagem mais fora de foco deste vídeo.
Tudo inicia-se com a cena de teus lábios secos, teu corpo apoiando-se com o abdômen sobre o parapeito da janela gradeada e pintada de cinza, contrastando com as paredes sem cor dos prédios ao fundo e o verde vivo que da no teu pequeno jardim durante a primavera.
São apenas oito andares de cetim sem muita ventilação e com o pé direito alto, antes mesmo de deixares de existir, antes mesmo de chorares por entre degraus mal acabados, antes de tudo.
Quero parar de cortar meus dedos durante alguns minutos e sair pela rua pintado de verde alfavaca. lalalala la la la... andando por ali por aculá!

segunda-feira, 16 de maio de 2011

2.920 dias...





Hoje tava visitando uns blogs de gente que nem faço idéia de quem seja e me deparei com um que adorei. Ela citou um filme que assisti semana passada depois de um looongo tempo desejando ter tempo para fazê-lo. O filme é 500 dias com ela ((500) Days of Summer). Acho bem engraçada e realista a forma com a qual o locutor vai descrevendo a história “ Esta é uma história sobre um rapaz que conhece uma garota”... E não muito depois ele finaliza dum jeito inesperado “ Mas não se enganem. Essa não é uma história de amor... É apenas uma história de um rapaz que conheceu uma garota”...

Me reconheci nessa frase, em ordem inversa óbvio (não muito óbvio no meu caso, mas enfim...)

Quase 10 anos atrás quando comecei a freqüentar um determinado local comecei também a viver. No sentido mais literal possível da palavra. Ali tive meus dias de glória e fracasso, amei meu maior amor, chorei minha pior dor, bebi uns rios de vodka, e oceanos de água com gás pra curar ressaca, passei dias em êxtase e meses em depressão... Exatamente nessa ordem!
Uma certa noite:

F: _ Porraaa, você já ficou com todos os meus amigos. Porque não eu?
Eu: _Porque você é casado, eu acho... E tipo... Você não me atrai em nada. A começar pelo fato que você traí sua mulher! Ow...
6 meses depois:
F: _ Mô você vai dormir aqui hoje?

Fudeu! Tanta birra praquê?

Ele separou de lá e nós “juntamos” de cá.
Tudo meio louco e nunca durava mais que 3 meses. Quando a coisa engatava eu ia viajar, morar n’outro canto, dar pr’ outra pessoa... Eu era alérgica a relacionamentos, a bafo na cara de manhã cedo e cueca pendurada no registro do chuveiro, até que me aparece esta criatura e me fez passar anosss divida entre meus quereres e meus desejares, se é que vocês me entendem!

Numa dessas fugas pra não cair na rotina (a pior das minhas alergias) um outro covardão (em breve entenderão o que digo) me deu uma estrela de presente. E sem saber que esperava o brilho maior da vida brotar de mim, voltei decida e movida por um pedido DELE a aceitar o meu querer e uni-lo ao meu desejar e dedicar tudo isso a ele. Sem partilhas, sem fugas, sem fodas extra-conjugais. Durou 3 meses. E não! Eu não fugi! Pelo contrário; foi quando eu mais QUIS e PRECISEI ficar! Mas pra ele não deu! A luz que brilharia pra mim já ofuscava sua “macheza” e outrora cegava seu ego!

...

E mais uma vez sem ponto final, sem um ‘até breve’, um ‘a gente se vê’ ou um ‘me desculpa, eu não consegui ’ .

E hoje depois de mais uma frustrada tentativa (Sim, fui burra o suficiente para tentar novamente!), fico então perplexa diante das minhas contas, pois notei que havia inutilizado 2.920 dias da minha existência!!!

Perdi 2.920 possibilidades de amores, 2.920 dias de diversão e entrega. Contei meu dias como débitos de uma vida, como os que não tive ou desperdicei. Deixei de viver 2.920 dias e pasmem: hoje sinto-me renovada!!! Sim, pois se não os vivi obviamente não envelheci e é fato que se os tivesse vivido, hoje eu seria uma maracujá murcho porque ELE continua a causar-me rugas!

O moço do filme depois de ter VIVIDO os seus 500 dias achou que os havia desperdiçado até que chegado o fim ele percebeu que isto nada mais era do que um novo começo.

Pois bem, não sei quando e muito menos se terei um recomeço, um dia n°1 novamente... Mas aguardo ansiosa pra VIVER 156.896.453.139.745.125.345... de dias felizes!!!

Torçam por mim!

“O coração, se pudesse pensar, pararia.” (Fernando Pessoa)

sábado, 14 de maio de 2011

Acaso






foto: Eu, Pai, Irmão.


De: Raydem Rabello (meu pai)pra mim em 23/08/87






Amanhã por um acaso,
Chove,
Acolhe,
O filho perdido,
O coração ferido, a carne maldita.

Bendito és tu pequenina,
Fruto de amor,
E de nada sabes,
Graças...

Tomo-a nos braços,
Tomo-a dos braços,
Tomo-a dos...

Laços cor-de-rosa te enfeitam
Os cabelos,
Negros...
Só eles o são;
Os olhos.
Pois és branca,
Como a própria palavra,
És bela,
Como a própria vida.

És minha,
E de ti não abro mão,
Nem as mãos que já se cansaram
De tantas oportunidades perdidas
Como do brilho ofuscado do coração
Que já não bate,
Aplaude e ri
Das tuas travessuras...

Não suportaria pensar em perdê-la,
Pois és a minha imagem refletida ao passado,
Ès o que há de vivo em mim,
Se existo,
É porque existes,
É porque vives
E nada mais
E até o fim
Seremos um só
Um único
Só.

sexta-feira, 6 de maio de 2011

simbiose




Anjinha CHORA ATÉ CONSEGUIR AS BALAS, depois mastiga, mastiga, faz bolinha, estoura e joga fora, numa cuspida elegante (pq eu sou fina!) e ai chega um desprovido, pisa e prega a bala mastigada na sola do sapato e adquire todo o drama por simbiose.
Pura sensasion Jack estripador! E adota a purpurina vencida. (mas, isso mancha a pele heim!)
Entenderam?
Boa noite e obrigada :)
Agora cante, seu porra !




Raíssa Rabello às 01h39 de algum dia de 2006

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Domínio




Minha mente não processa o mundo que me circula, em um espaço mínimo de tempo fiquei perdida, sem nem saber o porque. como pude ser tão fraca? seu domínio sobre a minha mente é massacrante e ao mesmo tempo tão prazeroso, pouco sei de sua vida, mas minha obsessão vai desde sua mente altamente preenchida com o que me falta no momento, (auto-estima), até os teus lábios, que sonho tocá-los delicadamente como a brisa que os seca, consequentemente umidece-os com um beijo, tremulo, nervoso e inesquecível, sentir a textura doce de sua nuca, acariciar seu rosto, sobre uma penugem campestre perfeita, tão perfeita, só comparável com a mais bela porcelana francesa, beijar lentamente seu pescoço, passeando com minha língua macia e curti-la como uma criança que quer um sorvete interminável, sonhar tendo sinestesias incontroláveis por sua causa e acordar com o peito apertado, implorar para que me perca dentro de seus olhos, tão profundos e controladores que convidam-me para uma viagem sem volta, minha mente desesperada não encontra uma saída, imaginando o toque de nossos corpos eu flutuo, sou levada pelo vento como folhas secas, imprestáveis, sob o seu cabelo sou seu fado, o coração que volta a bater loucamente, com sons de tamancos velhos, batidas insuportáveis, depois de muito tempo congelado, não agüenta perante as correntes que a ele amarrastes, preso, sufocado, controlando todo meu corpo!




*Amar em silêncio, como um silêncio ao contrário.


um dia qualquer às 21h36

terça-feira, 3 de maio de 2011

Desassossego



Hoje resolvi postar não um texto (na verdade trecho de um livro) meu, digo não escrito por minhas mãos mas partilhado como numa dimensão paralela com meu AMADO Fernando Pessoa. Ele que me descreve tão bem como se houvesse conhecido-me... Como nem eu o fiz...



" De repente, como se um destino médico me houvesse operado de uma cegueira antiga com grandes resultados súbitos, ergo a cabeça, da minha vida anônima, para o conhecimento claro de como existo. E vejo que tudo quanto tenho pensado, tudo quanto tenho sido é uma espécie de engano e de loucura. Marvilho-me do que não consegui ver. Estranho quanto fui e vejo que afinal não sou.

Olho como numa extensão ao sol que rompe nuvens, a minha vida passada; e noto, como um pasmo metafísico, com todos os meus gestos mais certos, as minhas idéias mais claras e os meus propósitos mais lógicos, não foram, afinal, mais que bebedeira nata, loucura natural, grande desconhecimento. Nem sequer representei. Representaram-me. Fui, não o ator, mas os gestos dele.

Tudo quanto tenho pensado, feito, sido, é uma soma de subordinações, ou o ente falso que julguei meu, porque agi dele para fora, ou de um peso de circunstâncias que supus ser o ar que respirava. Sou, neste momento de ver, um solitário súbito, que se reconhece desterrado onde se encontrou sempre cidadão. No mais íntimo do que pensei não fui eu.


(Fernando Pessoa - Livro do Desassossego)